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Revista da ABCD publica entrevista com Júlia Assis, Presidente da ALEMDII

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Saiu a nova edição da Revista ABCD em FOCO e nós estamos lá!
No case do mês, um relato de superação da presidente da ALEMDII, Júlia G. Araújo Assis – “Dentista supera trauma da doença de Crohn e cria Associação para ajudar portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais”.

Dentista relata como superou o trauma do Crohn e criou a ALEMDII.

A vida de Júlia Gonçalves Araújo Assis sempre foi normal e sem sintoma de doenças, até que, em 1997, no segundo ano do curso de Odontologia, morando a 500km de casa, começou a ter diarreias. Os primeiros exames identificaram giárdia, mas o tratamento não melhorou os sintomas. Depois de relutar muito em fazer exames mais específicos e de ver os sintomas agravados,  finalmente descobriu o motivo do problema: doença de Crohn. “Eu nem sabia que doença era essa, nunca tinha ouvido falar. Pesquisei em livros na faculdade, porém, a informação na época era escassa, não tinha internet”, relata.
O tempo foi passando e, mesmo com medicamentos, apareceram manifesta­ções extraintestinais, como dores nas articulações, infecção nos olhos e lesões na pele, além de dores intensas. Sem imaginar a gravidade da doença, Júlia foi tomando os remédios e levando uma vida quase normal. Em 2000, já formada, voltou para Caratinga, Minas Gerais, muito magra e  com dores frequentes e cada vez mais fortes.

Como estava iniciando a carreira profissional, tinha sido contratada pela Prefeitura e montado seu consultó­rio, achava que não podia parar e foi aumentando a ingestão de medicamentos contra dor para suportar a rotina.
“Em 2002, as dores estavam ficando insuportáveis. O médico trocava os medicamentos e tentei fazer terapia, porque achava que a mente comandaria o resto do corpo, mas nada me fazia melhorar. Até que aceitei que não conseguiria melhorar em casa e fui hospitalizada pela primeira vez”, lembra. No nono dia de internação teve uma perfuração intestinal e foi transferida às pressas para Belo Horizonte, onde passou por cirurgia de emergência, quando foi retirado um metro de íleo terminal e o cólon ascendente.

Quando voltou para casa, dois meses depois e ileostomizada por alguns meses, descobriu um novo sentido para a vida.
A partir desse momento, passou a respeitar seus limites, casou e começou a entender melhor a doença, sempre apoiada pelo marido e por familiares.

Como lia muito e trocava experiências, virou referência na cidade e muitas pessoas a procuravam quando tinham o mesmo diagnóstico. “Descobri a duras penas que a vida deve ser valorizada a cada minuto e, desde essa época, falava que tudo tinha dado certo, porque eu ainda faria algo de bom para os outros”, conta.

Em 2011, começou a pensar em montar uma associação para pacientes com DII. Entretanto, o projeto teve de ser adiado, porque seu pai faleceu. Até que, em 2015, descobriu um grupo virtual de pacientes da Associação Mineira de Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (AMDII). “Apaixonei-me pelo grupo e a vontade de montar uma associação veio novamente. Recebi orientação deles sobre a parte burocrática e fui buscando pacientes da região para criar a Associação do Leste Mineiro de Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais  (ALEMDII). Foi uma emoção, um sonho virando realidade”, comemora.

Em 16 de novembro de 2016, para festejar um ano de fundação, a ALEMDII realizou várias ações, entre as quais o 1º Congresso do Leste Mineiro de Doenças Inflamatórias Intestinais, com pacientes, familiares, profissionais e acadêmicos de cursos de saúde. Além disso, foi montada uma tenda em praça pública para orientar a população sobre os principais sintomas das DIIs e a necessidade de procurar o médico e seguir as orientações quanto ao tratamento.

 

“O trabalho voluntário foi a melhor forma de eu aceitar a doença e preencher meu tempo. Quando estou bem, vivo da melhor forma possível e me esforço para ter uma vida social e familiar saudável, mas sempre respeitando os meus limites e seguindo as orientações médicas”, ressalta, ao agradecer a todos que apoiaram a criação da ALEMDII, especialmente aos associados.

Outros assuntos abordados na edição:

  • Crianças podem conviver bem com as DII?
  • Campeã olímpica de natação Kathleen Baker compartilha sua experiência!
  • Anemias, Controle da ansiedade,
  • Casos reais e histórias de superação.

Todo esse conteúdo imperdível está disponível na Edição nº 62 da Revista ABCD em FOCO
Informação de qualidade, atualizada e segura.

Veja a revista completa clicando aqui.

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