A Agência já iniciou a triagem dos documentos presentes no pedido
Anvisa recebeu, às 19h desta quarta-feira (24/3), o pedido de uso emergencial da vacina da Janssen, que é um braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A Agência já iniciou a triagem dos documentos presentes no pedido.
As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório.
O prazo de sete dias úteis previsto para a análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela Agência dentro do processo.
A tecnologia
A vacina da Janssen é baseada em vetores de adenovírus sorotipo 26 (Ad26). Os adenovírus são um tipo de vírus que causam o resfriado comum – portanto, são bons transportadores em seres humanos. Ao serem modificados para desenvolver a vacina, eles não se replicam e não causam resfriado.
Outra parte do processo envolve o código genético do próprio SARS-COV-2. Ele possui em sua superfície externa uma espécie de coroa, formada pelos chamados “spikes”, ou espigões, que são os responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano.
Para produzir a vacina candidata da Janssen, um material genético da proteína “S”, presente nesses espigões, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador).
Quando a pessoa recebe a vacina composta do adenovírus não replicante que carrega a informação genética do novo coronavírus, o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor.
A resposta imunológica produzida por esse processo cria então uma memória no corpo contra o coronavírus e ensina o próprio corpo a reconhecer e atacar o vírus quando a pessoa entrar em contato com ele.
Fluxo da Análise Ememergencial das Vacinas na Anvisa