Você já ouviu falar em disbiose? Não? Então fique ligado na postagem de hoje e tire suas dúvidas sobre o assunto.
Chamada anteriormente de flora, a microbiota do intestino é formada por um conjunto de microrganismos que habitam este órgão. Em seu estado normal (simbiose) evita que microrganismos causadores de doenças se multipliquem. Por outro lado, se houver qualquer mudança nesse equilíbrio (disbiose), ela fica vulnerável ao crescimento de fungos e outros patógenos, induzindo processos inflamatórios e infecciosos.
A disbiose é um desequilíbrio da microbiota intestinal, onde ocorre o predomínio de bactérias más em comparação com as benéficas. Trata-se de um distúrbio cada vez mais comum na população e que pode se manifestar em qualquer fase da vida.
Os principais sintomas manifestados na disbiose são gases, distensão abdominal, diarreia ou constipação. Além disso, ela está relacionada com o desenvolvimento de complicações como a obesidade e doenças autoimunes.
As principais causas da disbiose são:
- Uso indiscriminado de medicamentos (principalmente os antibióticos, os anti-inflamatórios hormonais e não-hormonais, e os laxantes);
- Consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados;
- Estresse;
Outros fatores também são levados em consideração, como a idade, o tempo de trânsito intestinal, o estado imunológico do indivíduo, carências nutricionais e a má digestão.
Tenho disbiose. O que fazer?
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Evite os produtos que são alimentos para as más bactérias: AÇÚCAR, FARINHAS BRANCAS REFINADAS, ÁLCOOL, etc.
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Alimente as bactérias boas introduzindo na sua alimentação diária os pré e probióticos. O uso desses alimentos contribui para a integridade intestinal e dessa forma, podem ser usados para o restabelecimento da microbiota.
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Beba, pelo menos, 2 litros de água por dia.
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Saiba identificar os alimentos que causam mais gases e desconforto abdominal em você e evite-os. Os mais comuns são os ovos, batata doce, brócolis e o leite de vaca.
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Não se automedique. Procure a ajuda de profissionais que estejam habilitados para realizar o tratamento adequado com você.
Referências Bibliográficas Consultadas:
- DE LEMOS JÚNIORI, Hernani Pinto; DE LEMOSII, André Luis Alves. Efetividade e segurança dos probióticos nas doenças intestinais. Visite o showroom., p. 77, 2014.
- DOS SANTOS MORAES, Marcia et al. Efeitos funcionais dos probióticos com ênfase na atuação do kefir no tratamento da disbiose intestinal. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 37, p. 144-156, 2018.
- FERREIRA, Geyza Souza. Disbiose intestinal: aplicabilidade dos prebióticos e dos probióticos na recuperação e manutenção da microbiota intestinal (Monografia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, 2014.
- PAIXÃO, Ludmilla Araújo; DOS SANTOS CASTRO, Fabiola Fernandes. Colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Universitas: Ciências da Saúde, v. 14, n. 1, p. 85-96, 2016.
“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”. (William Shakespeare)
Patrícia Nayara Estevam é nutricionista voluntária da ALEMDII, formada pelo UNEC – Centro Universitário de Caratinga.