Nos pacientes que apresentam baixa adesão ao tratamento ocorrerá piora da anemia.
A anemia de doença crônica ocorre todas as vezes em que há desregulação da homeostasia do ferro, o que vai acontecer sempre que o organismo estiver liberando citocinas inflamatórias. Por isso, é fundamental que os pacientes sigam corretamente o tratamento indicado para evitar que ocorra mais inflamação.
Para controlar o problema, o paciente com DII ativa deve fazer hemograma com ferritina e índice de saturação de transferrina a cada três meses, enquanto aqueles que estão com doença estável devem repetir o exame semestralmente. Segundo o European Consensus on the Diagnosis and Management of Iron Deficiency and Anaemia in Inflammatory Bowel Diseases, caso o paciente esteja com doença estável, anemia leve e sem história prévia de intolerância ao ferro oral, este pode ser administrado como tratamento de primeira linha.
Caso não haja o aumento esperado de 2g de hemoglobina no primeiro mês, o ferro oral deve ser abandonado e o ferro venoso introduzido nestes pacientes com doença estável.
Como o ferro oral só poderá ser absorvido por indivíduos com doença estável, a dieta também pode ter influência para esses pacientes
Os alimentos mais recomendados como repositores de ferro são carnes vermelhas, vísceras, peixes e mariscos. Importante salientar que o frango é muito pobre em ferro e, que apesar de ricas em ferro, as folhas verdes têm biodisponibilidade 10 vezes menor do que as carnes. Ingerir sucos cítricos nas refeições também é bastante recomendado, enquanto leite, chá e mate devem ser evitados durante o almoço e o jantar.
Entretanto, o alimento rico em ferro não trará benefício para o paciente com doença ativa, pois o forte componente da anemia de doença crônica fará o sequestro do ferro ingerido e este não será biodisponível.
Fonte: ABCD em Foco, Ed 62.
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