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Desnutrição nas Doenças Inflamatórias Intestinais

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Por Patrícia Nayara Estevam*

O estado nutricional adequado, também chamado de eutrofia, reflete o equilíbrio entre a ingestão balanceada de alimentos e o gasto de energia suficiente para manter as funções do organismo diariamente.

Como já é sabido, a Retocolite Ulcerativa e a Doença de Crohn acometem o trato gastrointestinal e dessa forma afetam diretamente a ingestão alimentar do indivíduo. Deficiências nutricionais tornam-se comuns nos pacientes, podendo estas variar desde alterações discretas dos níveis de nutrientes até mesmo estados de desnutrição severa, com grande perda de peso.

No texto de hoje, destacarei os principais fatores que podem contribuir para o surgimento da desnutrição em pacientes com doença inflamatória intestinal e como podemos diminuir o impacto desses fatores e contribuir para a adequação do estado nutricional.

  • INGESTÃO INADEQUADA OU INSUFICIENTE DE ALIMENTOS: isso acontece muitas vezes devido às dores abdominais sentidas pelo paciente, à alteração do paladar e também à restrição severa de determinados alimentos com a finalidade de evitar ou controlar sintomas como diarreia, gases e náuseas.
  • AUMENTO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS: o quadro clínico da doença apresenta características que podem fazer com que o organismo desses pacientes necessite de uma quantidade maior de nutrientes quando comparado com as pessoas que não possuem a doença. Situações como febre, infecção, formação de abcessos e fístulas estão relacionados com o aumento do metabolismo energético e proteico.
  • MÁ ABSORÇÃO: o intestino é o órgão onde ocorre absorção dos nutrientes que são ingeridos através da alimentação. Uma vez que este apresenta um processo inflamatório crônico, essa absorção fica comprometida. Os pacientes submetidos à retirada cirúrgica de parte desse intestino (ressecção intestinal) são os mais afetados. A deficiência de vitamina B12 é comum, bem como as perdas de magnésio, zinco e cálcio.
  • MEDICAMENTOS: medicamentos comumente utilizados no tratamento dessas doenças, podem causar alterações na absorção de nutrientes como o cálcio e as vitaminas B9 (ou ácido fólico), A, D, E e K. O cálcio tem a absorção intestinal inibida pela utilização de corticoides, o ácido fólico pela utilização de sulfassalazina e as vitaminas A, D, E e K pela colestiramina.
  • AUMENTO DAS PERDAS: na fase ativa da doença o processo inflamatório do intestino aumenta e consequentemente os sintomas também. Os episódios de diarreia e vômitos frequentes levam consigo vitaminas e minerais, em ambas doenças. Na Doença de Crohn há uma predominância de hipoalbuminemia (albumina baixa) e perda proteica intestinal, já na Retocolite observa-se maior ocorrência de anemia, devido as perdas de sangue frequentes.

 Em geral, todos os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais) podem ser obtidos através de uma alimentação saudável e equilibrada, no entanto suplementos alimentares poderão ser utilizados para compensar alguma deficiência nutricional ou até mesmo impedir que ela ocorra.  Dessa forma, torna-se necessário o acompanhamento periódico da doença juntamente com profissionais da saúde habilitados para que possam identificar tais carências e corrigi-las a tempo evitando assim, futuras complicações.

Referências Bibliográficas Consultadas:

  • BARROS, Carolina Roberta Ohara et al. Desnutrição proteico-calórica como causa concomitante de morte em declarações de óbito. Revista Coorte, n. 04, 2017.
  • Associação Brasileira de Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Manual de nutrição, dieta e doença inflamatória intestinal. 2019.
  • Silva, Sandra Maria Chemin Seabra da. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia I Sandra Maria Chemin Seabra da Silva, Joana D’ Are Pereira Mura. – 2.ed.- São Paulo: Roca, 2010.

 

“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”. (William Shakespeare)

Patrícia Nayara Estevam.
Nutricionista (CRN9: 22025)

 

 

 

 

 

 

 

 

* Patrícia Nayara Estevam é nutricionista voluntária da ALEMDII, formada pelo UNEC, Centro Universitário de Caratinga.

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Em caso de dúvida consulte seu médico.

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