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O Que Comer ou Não Comer, Eis a Questão!

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Quando falamos sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) e sua relação com a alimentação, as principais dúvidas do paciente são: afinal de contas, o que eu posso comer? O que devo evitar? Como deve ser minha dieta nos períodos de crise e remissão? Quais alimentos pioram o quadro inflamatório?

Por: Karla Dupin de Almeida e Patrícia Nayara Estevam

Pensando nisso, hoje vamos esclarecer algumas dúvidas de nossos leitores e mostrar que a alimentação deve ser uma aliada no tratamento das DIIs e não pode ser vista como um “bicho de sete cabeças”, de difícil realização.

Inicialmente, precisamos destacar uma informação muito importante que devemos considerar no momento de um planejamento nutricional: as DIIs acometem partes diferentes do trato gastrointestinal: Enquanto a Retocolite Ulcerativa (RCU) se restringe ao intestino grosso, a Doença de Crohn (DC) pode se manifestar em qualquer segmento do trato digestivo, da boca ao ânus.

Cada indivíduo irá apresentar características distintas em relação à doença: pode haver diarreia ou constipação, presença de carências nutricionais como a anemia, alterações do paladar, presença de fístulas e estenoses, uso de medicamentos que interferem na absorção de alguns nutrientes, presença de alergias e intolerâncias alimentares…….ufaaaa! Viu como há muita coisa a se considerar?

São por esses e outros motivos que precisamos dar uma notícia que talvez não irá agradar a todos: NÃO EXISTE UMA REGRA ALIMENTAR PARA PACIENTES COM DII! Isso mesmo…..E é justamente essa informação que irá mudar sua visão em relação à comida.

Pessoas diferentes possuem características individuais na forma como metabolizam determinado alimento.

A teoria nos diz que a dieta dos pacientes com DII em períodos de remissão da doença (quando ela está silenciada) deve ser a mais liberal possível, porém, isso não deve ser interpretado como: “posso comer o que eu quiser, como hambúrgueres, refrigerantes, doces açucarados e biscoitos recheados”. Cautela e discernimento são fundamentais nesse processo.

Durante as crises, deve-se evitar o que, sabidamente, faz mal ao paciente. A literatura recomenda que nessa fase da doença seja realizada uma DIETA DE EXCLUSÃO, isso significa que o paciente deverá identificar quais são os alimentos que afetam a atividade da doença ou exacerba os sintomas e excluí-los de sua rotina alimentar. Entretanto, algumas restrições são obrigatórias até a melhora dos sintomas.

 

      Segue alguns aconselhamentos nutricionais sobre o assunto:

  • 1 – Determinados alimentos, como os ricos em gorduras (manteiga, margarina, creme de leite), fibras insolúveis (vegetais folhosos, sementes e grãos), bebidas gaseificadas (refrigerantes e água com gás), cafeína (café e alguns chás), álcool e produtos lácteos, por vezes, devem ser evitados.

  • 2 – Opte por consumir legumes e vegetais cozidos ao invés de crus (cozinhá-los no vapor é melhor que fervê-los pois preserva mais os nutrientes). Caldos, purês e sopas também são muito bem-vindos.

  • 3 – “Enfiar o pé na jaca” nos momentos de remissão não será a solução para seus problemas, pelo contrário, só irá piorar o processo inflamatório crônico do intestino. Mantenha o equilíbrio sempre!

  • 4 – Previna a desidratação: ingira grande quantidade de água. A água de coco e os sucos de frutas coados e diluídos além de ajudarem na hidratação também contribuem para a reposição de vitaminas e minerais.

  • 5 – Resista às tentações: frituras, embutidos (salame, salsicha, presunto, linguiça) e temperos prontos causam irritação da mucosa intestinal piorando o quadro inflamatório.

  • 6 – Não copie a dieta que seu amigo/a fez e deu certo para ele/a. Procure a ajuda de um profissional habilitado para atender às suas necessidades.

“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”. (William Shakespeare)

 

 

Karla Dupin de Almeida
Nutricionista
(CRN9: 22497)
Patrícia Nayara Estevam.
Nutricionista (CRN9: 22025)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Karla Dupin de Almeida e Patrícia Nayara Estevam são nutricionistas voluntárias da ALEMDII, formadas pelo UNEC, Centro Universitário de Caratinga.

Referências Bibliográficas:

  • SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia I Sandra Maria Chemin Seabra da Silva, Joana D’ Are Pereira Mura. – 2.ed.- São Paulo: Roca, 2010.
  • RODRIGUES, Sueleen Cristiane; PASSONI, Cynthia Matos Silva; PAGANOTTO, Mariana. Aspectos nutricionais na doença de Crohn. Cadernos da Escola de Saúde, v. 1, n. 1, 2017.

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